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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sempre há tempo para a vida... ainda que minha busca seja à procura da luz

A lenda proibida... (felizmente eu cresci ouvindo estórias).

“Reza a lenda que um ser esdrúxulo e disforme fora abandonado no início dos anos cinqüenta no interior do estado de São Paulo, e uma adolescente de 10 anos (Leninha) o havia encontrado e, sem saber bem o que fazer com aquele fardo de problemas havia levado aquele pequenino ser para um pomar cheio de mangueiras e o ensinava a falar e ler, enquanto fazia xixi no chão encoberta com saia rodada e plissada pertencente à um colégio da região.
Surpresos?
Que nada..., muitas aventuras rolaram durante todos os anos que se seguiam e uma verdadeira cumplicidade nascia ali. O esdrúxulo extra –terrestre, um dia cresceu e como tudo na vida se achou gente e começou a viver brilhando em todos os cantos da sociedade (vc. Lembram a estória da cinderela?).
Pois é, mas o que todos queriam era o brilho que o extraterrestre era capaz de emitir e, isto num determinado ponto da vida o levou a embrenhar-se por caminhos nunca pensados, enquanto a adolescente tornara-se cúmplice de sua carreira de Mãe e da missão que lhe conferira a vida...
Um dia, o extra-terrestre resolveu retirar-se deste mundo e abandonou literalmente tudo... até sua vida.
Caminhou durante muito tempo sempre ao lado de sua escudeira fiel, uma fada de porcelana, que além de fornecer toda uma armadura fornecia todas as armas para que ele um dia pudesse caminhar pelo planeta e ser feliz.

Muitas mortes ocorreram durante esta estória, e a humanidade deu muitas descargas em suas privadas e, houve até quem julgasse o extraterrestre insano, mas..., um extraterrestre por si já é insano, até porque utiliza-se do amor incondicional e, Isto neste mundo é impraticável...
Porém, assim como todas as lendas, esta também tem um final feliz e, um dia sentado no alto de uma montanha o extraterrestre encontra-se com a morte e a desafia, não sabendo com quem havia se metido o extra terrestre fere mortalmente a Morte e diante de seu último murmúrio e estertor de vida a Morte lança uma profecia: ”Extraterrestre, não morrerás, mas terás que caminhar pela terra sempre em busca do dia seguinte, proverás a vida de muitos, mas terás apenas o que te baste para se alimentar...”
A professia se cumpre, e o extra-terrestre varre as ruas e as madrugadas com seu manto arrastando o chão, mas mesmo assim não se curva diante da profecia e todos os que pode agasalhar, agasalha...
A morte, vencida pela insistência desfaz a professia, e após anos de exílio, o extraterrestre resolve então voltar à vida e cheio dela, esbanjando saúde, resolve aparecer diante da menina de 10 anos, que conta agora 67 anos e diz;
“não te curves diante de uma imagem que não seja de sua fé, mas sempre que puder, volte-se à sua infância e perceba como pudemos ser felizes com tão pouco. A vida me cobrou um preço caro demais, apenas por ser diferente e não querer usar as pessoas como se elas nada valessem... então, existe um pacto entre nós, de vivermos a vida até o fim, por isto voltei”.
Então, como reza a lenda, o extraterrestre, agora, caminha solitário, mas não só, por todos os cantos, levando e trazendo mensagens daqueles que ultrapassaram a barreira do tempo, mas alimentando aqueles que por ocasião de encontrarem-se diante da morte não puderam entender, que faz parte da vida, não como um castigo ou uma desgraça, mas como um marco que dignifica e dá significado aos dois mundos.”


Dida, você sabe que diante do que Fui pra você (fui seu boneco, sua brincadeira, seu cúmplice, seu companheiro e muitas vezes mais que um filho), e, você foi meu Porto Seguro, até que tive que caminhar em direção à sabedoria, e conquistar com meu sacrifício o direito de viver além da vida e, ter a morte como destino certo, então o futuro que parece inexistente, muitas vezes não foi mais do que alguma nevoa que se fez presente no passado e conseqüentemente é parte da história e da estória de cada um de cada um de nós...
Hoje continuo caminhando em busca, não de satisfazer minha curiosidade a respeito da vida, mas porque não posso mais parar de caminhar, afinal, sou um caminhante, um ser errante que nunca abandonou suas convicções, e, ainda conserva dentro do peito todos os sonhos de menino, ainda que tenha caminhado entre Deus e o Demônio.
Estou lançando meu primeiro livro “À procura da Luz”, até porque este será sempre o meu caminho e, é diante deste caminho que trilho diuturnamente que retorno de uma longa viagem para dizer, Feliz Natal”.


Léo S.Bella   16/12/2009

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